sábado, 18 de abril de 2009

Desabafo de uma mulher!

Queria poder ousar mais, me libertar de toda essa carga afetiva que nasce com as mulheres, viver sem toda essa carga de ter que ser emoção que o sexo feminino impõe por se ter o dom de parir, de dá a vida a outro ser, ser este que nem sei se quero ter.
Toda essa criação careta de mulher não pode isso e nem aquilo me deixa presa num lugar em que eu não queria estar. Queria ter a liberdade de poder voar, ir embora sem ter que olhar para trás, dar xau aos caretas e covardes e viver o que me der vontade e coragem de ser.
Queria ter nascido sem o compromisso de todos esses laços, todo esse cuidado com a reputação, de não fazer para os outros não verem, não falarem e não críticarem.
Ora essa mania que os homens tem de achar que nós mulheres temos que ser as bonequinhas de louça que um dia irão enfeitar o jardim deles. Eu não quero ser essa louça, não quero me quebrar tão facíl, quero deixar esse medo de ousar de lado e ter a coragem de ser eu de verdade, de me reinventar quando quiser, de fazer o que eu quero na hora que eu quero e não o que me mandam fazer ou o que esperam que eu faça.
Preciso me libertar de toda essa hipocrisia e toda desigualdade imposta por essa sociedade patriarcal que determina os papeis dos sexos na vida. Será que algum dia nós mulheres teremos a coragem de dizer basta a isso tudo? De parar de proteger os homens e os trata-los como iguais? Será que um dia realmente chegaremos a esse pé de igualdade?
Mostraremos que algumas de nós querem muito mais do que botar crianças no mundo e sermos responsaveis pela sua educação? Faremos os homens também responsaveis e não menos do que nós? Ora essa, esses conceitos já estão mais do que ultrapassados.
Por que que nós mulheres temos que nós preocupar tanto com o casamento, com ter uma família, com ter que procriar e criar pessoas para esse mundo já tão velho e acabado?
Queria poder ir embora, viajar, me largar, sair, caminhar sem me preocupar com o tempo de voltar. Danem-se os relogios! Quero poder fazer o meu tempo, meu espaço, meu agora, meu ontem e o meu amanhã. E que se danem aqueles que vão pensar e falar coisas. Quero deixa-los pra lá. Não quero mais essa responsabilidade de ter que agradar, ter que dar certo para os outros, ter que mostrar algo que não sou e até o que sou mascarado na vontade de ser o que querem que eu seja.
Quero fugir essa repressão, de toda essa pressão, quero sair por aí e decidir o que é melhor para mim, sem ouvir mais opniões, sem nem querer saber o que vão achar das minhas atitudes.
Quero poder viajar, ir embora desse lugar, me aventurar, ir atrás da minha arte, me reinventar, em um dia ser uma e no outro ser outra, ser uma camaleõa, mudar quando quiser. Será muito pedir um pouco de LIBERDADE?
Já não sei o que faço se para ter liberdade preciso me prender, me anular, me calar e aceitar o que me dão agora me dando por satisfeita e chorando a noite, por saber que não é aqui que eu quero estar.

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